segunda-feira, julho 30, 2012

Noite e Vida dos Amantes


A vida passa e numa dessas passadas me levou com ela, sem destino, ao desalento, ao meu desarmamento de um amor lento, me tirou a paz e fez dormir sorrindo pra não chorar. Não quero que fique o não-dito pelo olhado, o não vivido pelo imaginado, eu preciso falar. Preciso dizer a você o que você representa pra mim, preciso dizer que te quero bem, preciso dizer que pra mim você é singular, sempre será assim e queria pedir a você que fosse muito feliz, mas minha mente me impede de te amar com tal voracidade que o coração começa a parar de sentir, apenas pulsa.
A noite chega, a noite dos amantes, dos desejos, dos seus beijos que hoje já não cabem mas a mim só lembrar, queria ver-te olhar o que sinto, mas seus olhos rendem os meus, me desarma, me lança conta o tempo, me faz sambar um sambinha bom e quando volto a você o riso volta junto, só por te ver.
A manhã talvez nunca volte para nós, talvez para mim e para você.

sábado, julho 21, 2012

Uma gota pesa quanto?

A falta de um ombro seguro pra chorar faz minhas lágrimas pesarem meus olhos, pesarem meus olhares, pesarem os meus sentimentos. Minha mente anda uma bagunça de emoções, falta de sentimento, excesso de demonstrações de amor publica não sentida, de vidas que se passam por pessoas sem serem vividas. Esse é o peso dos meus olhos, o peso das tristezas cotidianas de um mundo sozinho, onde as pessoas não compreendem mais as pessoas.

-10º

O termômetro informa a temperatura ambiente na qual eu não me adéquo, meu sentimento frio corre por minhas entranhas e quanto mais o valor do termômetro aumenta, a do meu coração diminui, continuo em queda livre a espera de uma hipotermia de sentimentos!

quinta-feira, julho 19, 2012

Sem Explicações

Por mais que eu tente eu não consigo tirar de mim esse só, essa solidão. Os dias passam, as manhãs são cada vez mais frias, mas meu coração chega a ser mais, já não sei quanto me pesa essa solidão!
Esse tipo de abandono deixa marcas, sujeiras pelos cantos como a do meu computador, não que eu não queira limpa-las, é que cansei de limpar tudo e nunca me sentir limpo! Entre mim e você ficou apenas o não foi dito, o que não pode ser explicado, o que apenas os olhos perceberam e nem mesmo eu que os tenho consigo entender, não sei dizer o que poderia ter ficado e se teria ficado algo!
Os dias passam assim, cada vez mais rápido, cada vez mais lentos, cada dia menos dia, cada dia é menos um dia, a morte nos chama e a vida nos despede. E se a solidão que eu sinto for eterna? E a se a morte me chamar mais rápido? E se eu for embora e tudo ficar não dito? Não explicado? Será que ninguém haveria de ter percebido?