Esse silêncio todo me ensurdece, como posse me sentir tão
surdo em meio a essa multidão de barulhos? Os carros passam lentos em avenidas
velozes, os seus únicos vestígios sãos os rastros de luz, deixado por alguns
instantes no ar.
Tudo que se aflige em mim não se aplica ao mundo, sinto
falta de algo que não compreendo, vontades que não entendo e desejos que me
sucumbem. Vejo a multidão sempre feliz, sempre em vão, às vezes chego a sentir
inveja, por serem tão felizes em serem alienados a tantas coisas.
Preciso de alguém, não para passatempo mas por estar, por se
preencher e se fazer presente, por entender e por compartilhar, por dividir e
somar na mesma proporção do amar.
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