terça-feira, novembro 27, 2012

Irahn

A cama frio só me lembra o oco que existe nela. Há tantas formas de se sentir aquecido sem ser preciso outro edredom que não me contento a ter apenas essa opção. Quem diria, que um dia esta cama que já não estava vazia um dia ficaria? Quem diria... Aquelas balas que me foram dadas já foram todas mastigas. Aquele maço de cigarros dinamarquês já foi todo fumado. Não adianta, posso terminar com todos os vestígios materiais que a mente ainda continua a repetir o seu nome em silêncio.

Lembra daquele filme que não assistimos? Lembra daqueles dias que não saímos? Lembra daquelas noites que não dormimos? O que fizemos com tudo isso? Pra onde foi todas as nossas partes?
Duas primaveras foi o tempo que precisei até aceitar a ideia de que não adianta lutar contra você mesmo, de que não há como correr em direção contraria a vida, de que não há vida se não houver amor.

E como eu te amei!

Os seus gestos, gostos e cheiros permanecem em mim. Aquela velha fotografia em que você se escondia em almofadas continua salva junto com aquelas boas recordações de uma época que tentei esquecer. Descobri que tudo o que fiz até hoje foi tentar aprender a viver só e só quando conclui que é impossível viver só, percebei que não é essa a questão que me aflige, não tenho que aprender a viver só, apenas tenho que aprender a viver melhor sem você.

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