domingo, outubro 02, 2011
O Último Voo
Pegue os seus sapatos mais macios e venha viajar comigo, prometo te levar pra um mundo diferente, prometo te levar pra um mundo mais bonito, onde você pode pular até alcançar as nuvens, se der vontade, pode até mordê-las, pois são incrivelmente deliciosas. É só você me acompanhar que eu te levarei para viajar comigo, assim que chegarmos ganharemos assas grandes e douradas, iremos reluzir por todo o céu e olhar para baixo ver o mar, um mar tão azul quanto a cor do céu e vamos ficar perdidos sem saber se estamos no céu ou no mar, quando nos depararmos estaremos tão além de todo o juízo que iremos perder os sentidos, só iremos ter sensações boas, não existirá mais dor, não existirá mais nada ruim, você será tão leve que não irá se conter no chão e irá voar, voar pra longe, voar além-céu a procura de um lugar pra se transformar em estrela e brilhar, brilhar por alguém que ainda não voou, mas espera te encontrar ai em cima e um dia brilhar ao seu lado!
sábado, setembro 24, 2011
Eu fui perdendo
Tive a melhor juventude, as melhores sensações, os melhores momentos... a vida foi me tirando aos poucos as horas, os dias e as sensações, vivia cercado de amigos que a vida também foi tirando aos poucos. Com o passar do tempo eu fui aceitando, pensando que a vida era assim mesmo e fui levando, hoje parei para olhar a minha ciranda de amigos, está tão curta que não posso ficar do lado de dentro vendo-os girar, são em fila, pequena e fácil de vistar. Não sei se perdi a mágica da vida ou se me desencantei com as pessoas, elas já não mais me atraem, já não me chamam mais, não as vejo como futuros personagens da minha história, como se eu tivesse virado o figurante na minha própria história! Eu fui perdendo o amor a mim e aceitando as dores, mascarando-as com conformismo, agora que percebi posso me livrar das dores, e a vida?
sexta-feira, setembro 23, 2011
Como um filme
Cena 1: O assoalho
A câmera sairá de cima, como se tivesse saído da luz, vai filmar um quarto todo morto. Nas paredes um papel de parede laranja ressecado, nas poltronas havia estampadas flores que mal se viam devido a grande camada de pó. A câmera continua a descer mostrando alguns bules de chá e algumas xícaras de chá de porcelana com pequenas flores, mas não irá para por ai, irá descer até mostrar o piso de madeira que devido ao tempo ficou-se desgastado, havia enormes brechas sobre ele, dava pra se ver rumores do andar abaixo, ela vai se aproximar de tal maneira que atravessará o assoalho lentamente até captar Inez e Juan de cima, mostrando nos apenas a cabeça e as pontas dos narizes.
Cena 2: El melodrama méxicano
Inez está sendo vista de frente, de perto, a câmera vai se afastando até podermos ver seus ombros cobertos por um chale preto que tenta esconder a blusinha de "chitinha" vermelho que usava. Seus olhos são intensos, intimidam e entristece. Inez chora, uma lágrima leve e rápida.
Juan começa sendo filmado de longe, exibindo-nos um rosto amargo, duro e cruel, aos poucos seu rosto vai melhorando... enquanto o narrador informa que Juan era marinheiro, que havia muitas marcas de noites tempestuosas que passara. Ele com um rosto mais simpatico, olha a câmera como quem olha um bebe, pela pureza do seu ser, a camêra se aproxima até entrar em sua pupila.
Cena 3: Sem diálogos ou monólogos
Cena com 3 câmeras. 1. Filmando os dois na diagonal, como se estivéssemos realmente assistindo isso de uma cadeira na sala. 2. Com as pupilas de Juan. 3. Com as pupilas de Inez.
1. Inez se aproxima de Juan, como quem pede perdão, como quem se desculpa pela vida, mas está certa do que tem de fazer! Beija-lhe a testa e aperta o contra o peito. 3. O olhar de Juan é tão triste e ao mesmo tempo tão puro quanto cada cicatriz em seu rosto, se mostrando sempre belo porém amargo. Ele não a olha com despeito por esse adeus tão sublime, ele entendia suas razões. 2. Inez estava com uma expressão de arrependimento que em um segundo se transformou em conforto, como quem tira muitos anos de tristeza das costas, beija-lhe com os olhos e se vira, vai em direção a porta, se despede novamente de longe, beija-lhe com os olhos novamente, mas dessa vez, como quem não volta mais.
Cena 4: A digestão
Juan fica parado, imóvel por uns 10 minutos, a câmera roda em volta dele, nos dando a sensação de que tudo lembra ela, mas ele se conforta, ele entende que ela não esqueceu seu ex-marido, assim como ele ainda não havia esquecido de sua amada, sabia que não se pertenciam. A câmera agora segue-o de costas, acompanhando-o até a poltrona em frente a TV, ele aperta o botão e a câmera da um foco na TV que chia bastante, ao se aproximar ela começa a se sintonizar e aparece "Fim." escrito na tela.
A câmera sairá de cima, como se tivesse saído da luz, vai filmar um quarto todo morto. Nas paredes um papel de parede laranja ressecado, nas poltronas havia estampadas flores que mal se viam devido a grande camada de pó. A câmera continua a descer mostrando alguns bules de chá e algumas xícaras de chá de porcelana com pequenas flores, mas não irá para por ai, irá descer até mostrar o piso de madeira que devido ao tempo ficou-se desgastado, havia enormes brechas sobre ele, dava pra se ver rumores do andar abaixo, ela vai se aproximar de tal maneira que atravessará o assoalho lentamente até captar Inez e Juan de cima, mostrando nos apenas a cabeça e as pontas dos narizes.
Cena 2: El melodrama méxicano
Inez está sendo vista de frente, de perto, a câmera vai se afastando até podermos ver seus ombros cobertos por um chale preto que tenta esconder a blusinha de "chitinha" vermelho que usava. Seus olhos são intensos, intimidam e entristece. Inez chora, uma lágrima leve e rápida.
Juan começa sendo filmado de longe, exibindo-nos um rosto amargo, duro e cruel, aos poucos seu rosto vai melhorando... enquanto o narrador informa que Juan era marinheiro, que havia muitas marcas de noites tempestuosas que passara. Ele com um rosto mais simpatico, olha a câmera como quem olha um bebe, pela pureza do seu ser, a camêra se aproxima até entrar em sua pupila.
Cena 3: Sem diálogos ou monólogos
Cena com 3 câmeras. 1. Filmando os dois na diagonal, como se estivéssemos realmente assistindo isso de uma cadeira na sala. 2. Com as pupilas de Juan. 3. Com as pupilas de Inez.
1. Inez se aproxima de Juan, como quem pede perdão, como quem se desculpa pela vida, mas está certa do que tem de fazer! Beija-lhe a testa e aperta o contra o peito. 3. O olhar de Juan é tão triste e ao mesmo tempo tão puro quanto cada cicatriz em seu rosto, se mostrando sempre belo porém amargo. Ele não a olha com despeito por esse adeus tão sublime, ele entendia suas razões. 2. Inez estava com uma expressão de arrependimento que em um segundo se transformou em conforto, como quem tira muitos anos de tristeza das costas, beija-lhe com os olhos e se vira, vai em direção a porta, se despede novamente de longe, beija-lhe com os olhos novamente, mas dessa vez, como quem não volta mais.
Cena 4: A digestão
Juan fica parado, imóvel por uns 10 minutos, a câmera roda em volta dele, nos dando a sensação de que tudo lembra ela, mas ele se conforta, ele entende que ela não esqueceu seu ex-marido, assim como ele ainda não havia esquecido de sua amada, sabia que não se pertenciam. A câmera agora segue-o de costas, acompanhando-o até a poltrona em frente a TV, ele aperta o botão e a câmera da um foco na TV que chia bastante, ao se aproximar ela começa a se sintonizar e aparece "Fim." escrito na tela.
terça-feira, agosto 02, 2011
Sua criança nunca deixa você
Sua idade, seu tamanho, isso não importa muita coisa agora. Você tem que crescer, precisa amadurecer, a vida te pregou uma peça sem ensaios, te fez de expectador a sua própria dor, apontou os seus erros e o deixou sozinho, levou consigo seus amigos e as escolhas deles. As vezes as pessoas se vão para poderem ser felizes e você só tem a desejar o bem da pessoa que te fez sofrer. Quanto mais o tempo passa, mas maduro você fica, ou mais mentiroso você fica, sua vida muda, você demonstra uma força que não existe e acaba se alimentando na própria mentira para se fortalecer mas um dia você será pego, deitado no canto da cama, abraçando seus joelhos para perto do seu queixo e chorando, desejando o urso velho que já não mais existe, desejando ser sempre aquela criança que era forte enquanto acreditava nela, um dia você se vê sem confiança e percebe que a cama ainda está ali pra voltar a ser criança quando for preciso, as vezes você não precisa voltar a ser criança e sim renascer, se re-criar, re-inventar e fazer um novo eu dentro de você!
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Esquecer, ninguém esquece mas aprende a viver sem!
O meu coração guardou
Recordações imortais
De quem foi e não é mais
Personagem do meu show.
A cortina se fechou,
A platéia foi além
Mas no palco ainda tem
Uma palavra com “S”.
Esquecer, ninguém esquece,
Mas aprende a viver sem.
Os românticos sonhadores
São mesmo predestinados
A amores fracassados,
A padecer tantas dores,
Na vida são uns atores
Sem diretor, sem ninguém,
A cada cena que vem
Nada de bom acontece.
Esquecer, ninguém esquece
Mas aprende a viver sem.
A cada passo que dou
Sinto um abalo no peito,
Com certeza é o efeito
Do que a paixão deixou.
Deletar o que passou?
Só se eu tivesse um harém!
Mas meu peito só quer quem
O maltrata e desconhece.
Esquecer, ninguém esquece
Mas aprende a viver sem.
Por: Wellington Vicente
Recordações imortais
De quem foi e não é mais
A cortina se fechou,
A platéia foi além
Mas no palco ainda tem
Uma palavra com “S”.
Esquecer, ninguém esquece,
Mas aprende a viver sem.
Os românticos sonhadores
São mesmo predestinados
A amores fracassados,
A padecer tantas dores,
Na vida são uns atores
A cada cena que vem
Nada de bom acontece.
Esquecer, ninguém esquece
Mas aprende a viver sem.
A cada passo que dou
Sinto um abalo no peito,
Com certeza é o efeito
Do que a paixão deixou.
Deletar o que passou?
Só se eu tivesse um harém!
Mas meu peito só quer quem
O maltrata e desconhece.
Esquecer, ninguém esquece
Mas aprende a viver sem.
Por: Wellington Vicente
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