A cama frio só me lembra o oco que existe nela. Há tantas formas de se sentir aquecido sem ser preciso outro edredom que não me contento a ter apenas essa opção. Quem diria, que um dia esta cama que já não estava vazia um dia ficaria? Quem diria... Aquelas balas que me foram dadas já foram todas mastigas. Aquele maço de cigarros dinamarquês já foi todo fumado. Não adianta, posso terminar com todos os vestígios materiais que a mente ainda continua a repetir o seu nome em silêncio.
Lembra daquele filme que não assistimos? Lembra daqueles dias que não saímos? Lembra daquelas noites que não dormimos? O que fizemos com tudo isso? Pra onde foi todas as nossas partes?
Duas primaveras foi o tempo que precisei até aceitar a ideia de que não adianta lutar contra você mesmo, de que não há como correr em direção contraria a vida, de que não há vida se não houver amor.
E como eu te amei!
Os seus gestos, gostos e cheiros permanecem em mim. Aquela velha fotografia em que você se escondia em almofadas continua salva junto com aquelas boas recordações de uma época que tentei esquecer. Descobri que tudo o que fiz até hoje foi tentar aprender a viver só e só quando conclui que é impossível viver só, percebei que não é essa a questão que me aflige, não tenho que aprender a viver só, apenas tenho que aprender a viver melhor sem você.
terça-feira, novembro 27, 2012
Esperando o Tempo Passar
O céu, é minha única visão neste momento. Como é doce sentir a companhia das nuvens nessas tardes quentes de verão. Alguns pássaros cantavam nas árvores enquanto outros voavam, alguns circulavam e voltavam, outros sagazmente passavam e seguiam. Me perdi no tempo, me perdi em meio a esses passeios com pássaros, em meio a este passeio com asas.
É... a vida passou, estou aqui, cruzando uma terceira década de existência e sempre penso na mesma coisa. Quando deitei na rede naquela tarde foi pra ver o voo dos pássaros, todos se foram, até os que cantavam nas árvores, assim também ocorreu com as nuvens, todas elas se foram, daquele lugar, daquela lembrança só ficou o que estava preso. Eu queria entender o que é se sentir preso.
Hoje, a Rua das Laranjeiras é o meu endereço, mas em quantos outros também já passei e quantos lugares passaram por mim. Lembrei dos lugares que passei, mas que ficaram em mim, como a Av. Bartolomeu, lembro de um amigo que sempre se amedrontava em meio a imensidão dos altos prédios nas solitária avenida. Lembrei do meu primeiro endereço, do primeiro numero de telefone de casa, das primeiras brincadeiras com amigos, das primeiras pessoas que achei que ficariam e passaram.
A nostalgia de observar as velhas fotografias no quarto sujo e mofado que eu pertencia me enchiam de tristeza, algumas pessoas ainda permaneciam, as mesmas faces, os mesmos olhares, mas algumas já não me pertenciam mais. Olha para o final daquela antiga fotografia, vi alguém que já não mais respira.
A luz da lua estava fraca, minha vista doía, mas não me importava, isso também iria passar. Assim como as pessoas em minha vida, assim como os falsos amores, assim como as dores. É preciso aprender a aceitar que não há nada que nunca irá passar.
É... a vida passou, estou aqui, cruzando uma terceira década de existência e sempre penso na mesma coisa. Quando deitei na rede naquela tarde foi pra ver o voo dos pássaros, todos se foram, até os que cantavam nas árvores, assim também ocorreu com as nuvens, todas elas se foram, daquele lugar, daquela lembrança só ficou o que estava preso. Eu queria entender o que é se sentir preso.
Hoje, a Rua das Laranjeiras é o meu endereço, mas em quantos outros também já passei e quantos lugares passaram por mim. Lembrei dos lugares que passei, mas que ficaram em mim, como a Av. Bartolomeu, lembro de um amigo que sempre se amedrontava em meio a imensidão dos altos prédios nas solitária avenida. Lembrei do meu primeiro endereço, do primeiro numero de telefone de casa, das primeiras brincadeiras com amigos, das primeiras pessoas que achei que ficariam e passaram.
A nostalgia de observar as velhas fotografias no quarto sujo e mofado que eu pertencia me enchiam de tristeza, algumas pessoas ainda permaneciam, as mesmas faces, os mesmos olhares, mas algumas já não me pertenciam mais. Olha para o final daquela antiga fotografia, vi alguém que já não mais respira.
A luz da lua estava fraca, minha vista doía, mas não me importava, isso também iria passar. Assim como as pessoas em minha vida, assim como os falsos amores, assim como as dores. É preciso aprender a aceitar que não há nada que nunca irá passar.
quinta-feira, novembro 22, 2012
Remar
E quando o vento soprar contra,
Remar
E quando a manhã nascer nublada,
Remar
E quando a chuva inundar,
Remar
E quando o caminho achar,
Remar
E quando a vida para,
Remar
Aprenda a remar,
Remar,
Reamar,
Re-Ama.
Aprenda a amar de novo
E quando amar de novo,
Remar e amar, remar e mar.
A vocês, todas as eras
Todas as mais belas flores da primavera
Campos verdes e amenos
Brisas leves e perfumadas
Amantes, amuletos e sentimentos
Vida
O vento tirará você para dançar
Uma melodia de vivaldi
Entre os verdes e os musgos
Quase se esquecendo de sentir saudades
Pouco antes de surgir
Mandou o brilho anunciar
Que a lua que viria
Era uma lua para fazer o mundo reaprender a amar.
Todas as mais belas flores da primavera
Campos verdes e amenos
Brisas leves e perfumadas
Amantes, amuletos e sentimentos
Vida
O vento tirará você para dançar
Uma melodia de vivaldi
Entre os verdes e os musgos
Quase se esquecendo de sentir saudades
Pouco antes de surgir
Mandou o brilho anunciar
Que a lua que viria
Era uma lua para fazer o mundo reaprender a amar.
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